Na longa e árdua caminhada que tem sido a nossa luta, mais uma jornada se realiza hoje.
Vamos a Santarém manifestar-nos.
Como sempre. Sem medo. A uma só voz. Ombro a ombro. Em unidade.
Eis a tempestade que aí avança.
Depois de um fim-de-semana mais ou menos sereno, veio a 2ª feira dos prós e contras e, mais uma vez os ânimos a aquecerem para as manifs distritais que vão marcar esta semana de luta.
Depois de um anúncio, recebido com alguma desconfiança por um largo sector docente, que a FENPROF ia apresentar 6ª feira à ministra uma proposta de avaliação "para salvar o ano lectivo", o fantasma do famigerado Memorando de Entendimento voltou a assombrar o nosso quotidiano.
O receio que um Memorando II esteja em preparação agitou o debate. Felizmente a Plataforma, através de Mário Nogueira, veio sossegar as hostes. A suspensão deste modelo de avaliação é para manter.
Depois de 8 de Março, muitos professores não se reviram nas decisões tomadas pelos sindicatos e foram muito críticos relativamente às suas actuações. Mas quando o sino da unidade tocou a rebate, mais de 80% de nós respondeu; ultrapassou as diferenças, cerrou as fileiras num histórico quadrado e resistiu. Uma após outra, primeiro timidamente, depois, com a força da razão, as escolas foram suspendendo o processo de avaliação imposto pelo ME. E a Plataforma Sindical viu o seu mandato reforçado.
120 mil responderam à chamada. Mesmo depois de terem sido apodados de chantagistas e guerrilheiros, acusados de intimidar os colegas favoráveis ao ME, ameaçados com as mais severas penas, os professores não recuaram. Mais escolas pararam a avaliação.
A Plataforma tem agora o apoio expresso dos professores.
Hoje foi a região Norte, amanhã será o Centro, depois, a Grande Lisboa e 6ª feira o protesto chegará ao Sul.
Atingimos um ponto de difícil retorno. Agora é o tudo ou nada.
A luta vai ser dura. Assim nos consigamos manter unidos.
. O sino da unidade toca a ...