HOJE ESTOU DE GREVE!
Por mim,
Pelos meus Colegas,
Pelos meus Alunos,
Pela Escola Pública,
Pelo Ensino,
Pela Educação,
Por PORTUGAL.
Às 09H00, estarei à entrada da minha Escola. Junto ao portão. Hoje não entro. Convido quem quiser aderir a fazer o mesmo. Não é nenhum piquete. Não é para chantagear quem quer que seja. Muito menos intimidar. Apenas tornar mais visível a nossa luta. De cara descoberta.
Às 11H00 estarei na Praça Salgueiro Maia. Com os Colegas de todas as Escolas do Concelho. Iremos à Câmara Municipal entregar um documento com as razões da nossa greve.
Eis a tempestade que aí avança.
Depois de um fim-de-semana mais ou menos sereno, veio a 2ª feira dos prós e contras e, mais uma vez os ânimos a aquecerem para as manifs distritais que vão marcar esta semana de luta.
Depois de um anúncio, recebido com alguma desconfiança por um largo sector docente, que a FENPROF ia apresentar 6ª feira à ministra uma proposta de avaliação "para salvar o ano lectivo", o fantasma do famigerado Memorando de Entendimento voltou a assombrar o nosso quotidiano.
O receio que um Memorando II esteja em preparação agitou o debate. Felizmente a Plataforma, através de Mário Nogueira, veio sossegar as hostes. A suspensão deste modelo de avaliação é para manter.
Depois de 8 de Março, muitos professores não se reviram nas decisões tomadas pelos sindicatos e foram muito críticos relativamente às suas actuações. Mas quando o sino da unidade tocou a rebate, mais de 80% de nós respondeu; ultrapassou as diferenças, cerrou as fileiras num histórico quadrado e resistiu. Uma após outra, primeiro timidamente, depois, com a força da razão, as escolas foram suspendendo o processo de avaliação imposto pelo ME. E a Plataforma Sindical viu o seu mandato reforçado.
120 mil responderam à chamada. Mesmo depois de terem sido apodados de chantagistas e guerrilheiros, acusados de intimidar os colegas favoráveis ao ME, ameaçados com as mais severas penas, os professores não recuaram. Mais escolas pararam a avaliação.
A Plataforma tem agora o apoio expresso dos professores.
Hoje foi a região Norte, amanhã será o Centro, depois, a Grande Lisboa e 6ª feira o protesto chegará ao Sul.
Atingimos um ponto de difícil retorno. Agora é o tudo ou nada.
A luta vai ser dura. Assim nos consigamos manter unidos.
ACP propõe exames mais rigorosos
O Automóvel Club de Portugal vai propor em Março várias alterações nos conteúdos de ensino da condução. Para o presidente do ACP, Carlos Barbosa, os exames têm de ser muito mais rigorosos...
... a aposta deveria ser feita mais na «prevenção» do que na «repressão»...
... O ensino tem de ser extremamente rigoroso e os exames têm de ser rigorosíssimos de maneira que as pessoas depois de terem a carta de condução sejam verdadeiros condutores...
(in SIC Online, 08:16 / 06 de Fevereiro 08 )
Penso que esta questão ultrapassa em muito o ensino e o exame.
Mais de trinta anos de carta já me permite ter também uma opinião sobre o assunto.
Acredito que existem escolas de condução “manhosas” e que os exames nem sempre primam pelo rigor.
Mas quando tirei a carta, a Escola que frequentei, não tinha umas condições por aí além. Ensinou-me o básico. Fiz o exame logo à primeira.
Desde então, muito se alterou. Pelo meio veio o 25 de Abril de 74 e tudo o que veio ao de cima. O Bom e o Mau.
A sociedade e as relações que a regem alteraram-se. Muito do que era aceite foi posto em causa. Neste contexto, valores como a Educação e o Civismo sofreram um profundo revés.
Não há escola capaz de fazer cumprir o que quer que seja, se não houver vontade própria em fazê-lo.
As pessoas frequentam as aulas de condução, fazem o exame e logo que se apanham com a carta na mão esquecem tudo pura e simplesmente.
Estou plenamente convencido que o problema da sinistralidade rodoviária vai muito para além do aspecto técnico da condução.
É nas pequenas coisas como um pisca (já muito poucos se lembram que existe este procedimento...) feito a tempo e horas e nas grandes coisas como a diminuição do ego dos que se consideram os donos das estradas e que as regras só se cumprem quando são fiscalizados e que existem apenas para os servir, que fazem a diferença quando alguém se lança na grande aventura de conduzir um automóvel.
. O sino da unidade toca a ...
. CONDUZIR: A Grande Aventu...