ACP propõe exames mais rigorosos
O Automóvel Club de Portugal vai propor em Março várias alterações nos conteúdos de ensino da condução. Para o presidente do ACP, Carlos Barbosa, os exames têm de ser muito mais rigorosos...
... a aposta deveria ser feita mais na «prevenção» do que na «repressão»...
... O ensino tem de ser extremamente rigoroso e os exames têm de ser rigorosíssimos de maneira que as pessoas depois de terem a carta de condução sejam verdadeiros condutores...
(in SIC Online, 08:16 / 06 de Fevereiro 08 )
Penso que esta questão ultrapassa em muito o ensino e o exame.
Mais de trinta anos de carta já me permite ter também uma opinião sobre o assunto.
Acredito que existem escolas de condução “manhosas” e que os exames nem sempre primam pelo rigor.
Mas quando tirei a carta, a Escola que frequentei, não tinha umas condições por aí além. Ensinou-me o básico. Fiz o exame logo à primeira.
Desde então, muito se alterou. Pelo meio veio o 25 de Abril de 74 e tudo o que veio ao de cima. O Bom e o Mau.
A sociedade e as relações que a regem alteraram-se. Muito do que era aceite foi posto em causa. Neste contexto, valores como a Educação e o Civismo sofreram um profundo revés.
Não há escola capaz de fazer cumprir o que quer que seja, se não houver vontade própria em fazê-lo.
As pessoas frequentam as aulas de condução, fazem o exame e logo que se apanham com a carta na mão esquecem tudo pura e simplesmente.
Estou plenamente convencido que o problema da sinistralidade rodoviária vai muito para além do aspecto técnico da condução.
É nas pequenas coisas como um pisca (já muito poucos se lembram que existe este procedimento...) feito a tempo e horas e nas grandes coisas como a diminuição do ego dos que se consideram os donos das estradas e que as regras só se cumprem quando são fiscalizados e que existem apenas para os servir, que fazem a diferença quando alguém se lança na grande aventura de conduzir um automóvel.
. CONDUZIR: A Grande Aventu...