No mesmo dia em que o governo anunciava medidas anti-crise, em que nós, Professores somos um dos atingidos, recebi esta anedota. Não sei se é para rir ou para chorar:
"Um tipo vai a andar pela rua quando, de repente, um assaltante mascarado lhe aponta a arma e diz:
- Passa para cá o relógio!
O coitado dá-lhe o seu Rolex falso e o ladrão reclama:
- O que é isto? Esta m***a não vale nada! Passa a carteira...
O homem dá-lhe a carteira de plástico, imitação de Pierre Cardin e o assaltante encontra nela 3 passes de autocarro, 2 senhas de refeição e cinco euros.
... lixado, o ladrão diz:
- Tu és uma m*** mesmo ... o teu casaco está gasto, os teus sapatos rotos e a única coisa que parece que presta é uma reles imitação barata! Afinal, que m***a fazes na vida?
O tipo responde, quase a chorar:
- Sou professor!
E o ladrão, tirando a máscara, abraça-se a ele e diz:
- Desculpa lá, colega! És mesmo? E ficaste colocado? Em que escola?"
Uma salva de palmas do tamanho de um Estádio da Luz esgotado.
Para os mandantes, que se estão borrifando para a sua saída antecipada, é mais um Professor no topo da carreira que deixam de pagar por inteiro, que vão penalizar, que será substituído por um contratado, um precário que tão cedo não terá a sua vida estabilizada.
A experiência deixa de ter valor, os alunos pouco importam, as Escolas muito menos.
Um colega, com meia dúzia de anos de serviço, dizia-me há tempos: "A minha mochila está sempre pronta; tirando o automóvel, não tenho nada de meu; não tenho casa, não tenho mobília. Eu e a minha namorada encontramo-nos quando podemos..."
A política do economicismo tem de prevalecer, nem que se tenha de transformar este país num território de "carpetbaggers"(*) e "monangambés"(**). Infelizmente.
(*) Mochileiros, aventureiros sem poiso certo
(**) Contratados em Quimbundo
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