Mais uma etapa a cumprir na longa jornada de luta.
Todos juntos frente ao Palácio de Belém.
Até à vitória final!
"Hoje em dia, uma greve de professores equivale à não prestação dos serviços restantes, nomeadamente o acesso à biblioteca, ao refeitório..." (Presidente da Confap, DN online, dia 20 janeiro)
Só o inefável patrão da Confap se lembrava deste tipo de argumento. E mais, chegou ao extremo de "ameaçar" os grevistas com os tribunais!
Houve alunos que ficaram à porta das escolas porque estas fecharam. Porquê? Não faz sentido. As greves de professores não fecham as escolas. As dos funcionários é que podem obrigar ao fecho. Algo aqui não bate certo. Ao ME interessa dizer que os professores não conseguiram fechar as escolas. Mas não era esse o objectivo! O objectivo era deixar os alunos sem aulas. Então, porque fecharam certas escolas? Porque fecham os refeitórios e as bibliotecas? Por falta de condições para os alunos permanecerem e usufruirem das mesmas. Porque, com a redução do pessoal auxiliar o docente passou a desempenhar, com toda a naturalidade, o papel que cabia aos auxiliares de acção educativa: tomar conta dos meninos em detrimento do que era o mais importante: ministrar as aulas.
A Confap ameaça os professores por estes exercerem o seu direito à greve, mas nem uma palavra pela falta de condições e de segurança nas escolas pela drástica redução do pessoal não docente.
(clique na fotografia para aumentar e ver melhor os nomes e as faces da vergonha)
Esta gente votou contra a suspensão da avaliação no parlamento. São deputados do PS e houve um dia em que foram "professores" (os parêntesis e o itálico são premeditados). Para garantirem o seu lugar nas próximas listas, deram como moeda de troca os interesses da sua classe onde já não se consideram. Possivelmente têm razão. Se voltassem à escola, com o modelo de avaliação que agora defendem, dificilmente lá sobreviveriam.
As fotografias e os nomes aqui ficam para que tenhamos vergonha deles e os conheçamos como os que se esqueceram que um dia foram professores.
Andam muitos (?) pais receosos que os seus filhos sejam prejudicados com o tão propagado clima de instabilidade instalado nas escolas portuguesas.
É inegável que a maioria dos professores portugueses não se sente bem com tudo o que lhes está acontecer. Não há que escamoteá-lo. Mas muitos professores são também pais. E muitos mais são profissionais sérios.
Desde o início deste infeliz processo que têm advogado o direito de serem, acima de tudo, PROFESSORES.
Se alguma vez algum professor falou aos seus alunos sobre os problemas decorrentes da ADD, isso terá sido no contexto de questões postas pelos alunos. Estes, têm também o direito de serem informados. Afinal são uma das partes mais próximas.
Não vale a pena vir o patrão da CONFAP com flique-flaques para a frente e para trás, com supostos receios de eventuais prejuízos para os alunos. Não vai haver greves às avaliações, muito menos aos exames. E quanto ao desenvolvimento normal do processo de ensino-aprendizagem, poupe-nos a sua nazítica imagem na televisão, que não é por aí que os alunos serão prejudicados.
Segunda feira dia 19 voltarei a fazer greve. Pelas razões já expostas neste blog e que são, por demais conhecidas.
Não me acusa a consciência de ser numa 2ªfeira. Tenho mais uma razão a acrescentar. Só tenho uma turma, que por horário, é dos cursos profissionais. Como esses alunos têm obrigatoriamente um número fixo de aulas, terei de "repor" a aula um dia destes. Faço greve, é-me descontado um dia do vencimento, mas sou obrigado a dar uma aula "à borla" porque, apesar do que diz o sindicato, ninguém ma vai pagar essa aula extraordinária. O direito à greve, consignado por lei, não é igual para todos.
Quando me dizem que os professores são privilegiados porque têm o seu ordenado fixo no fim do mês, só gostava de saber que sociedade é esta, em que um direito se transformou em privilégio. Que sociedade é esta em que as grandes conquistas sociais conseguidas pelos trabalhadores nos finais do século XIX e inícios do século XX estão a ser-lhes delapidadas uma a uma?
Ontem, num daqueles desaguisados entre o PM e o Parlamento (oposição) que se dão pelo nome de Debates Mensais, ouvimos uma troca de mimos entre o PM e a porta-voz dos Verdes, que terminou com o primeiro a dizer, entre outras coisas, que "... os Verdes são verdes por fora mas vermelhos por dentro...", depois de ter chamado "embuste" ao PEV.
Arranhem-se à-vontade. Cá pela minha parte fico a pensar que também o PS é um embuste e cuja política "é rosa por fora, mas laranja por dentro...".
A Escola Secundária do Entroncamento reafirmou hoje, em Reunião Geral de Professores, a sua decisão em manter a suspensão do processo de avaliação do desempenho e de não assumir qualquer procedimento que a viabilize. Votaram 130 professores, com 124 votos a favor (95,3%), 2 contra, 3 brancos e 1 nulo.
Como professor da Escola Secundária do Entroncamento, mais uma vez senti orgulho de nela leccionar. Não foi uma tomada de posição fácil. Havia muito receio, medo, angústias. Afinal somos humanos. Mas ACREDITAMOS. Na justeza da nossa luta. Na força da nossa união. Na vontade da nossa coerência.
Eis o texto da proposta aprovada:
As alterações pontuais que foram introduzidas pelo Decreto Regulamentar 1-A/2009, de 5 de Janeiro, não alteraram a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes. Apesar de designado por Modelo de Avaliação, não o é efectivamente. Não tem cariz formativo dado que não promove a melhoria das práticas docentes e está centrado na seriação dos professores para efeitos de gestão de carreira.
As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial do Modelo, nomeadamente, alguns dos aspectos mais contestados como a existência de quotas para Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos docentes verem reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento na Carreira.
Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam posteriormente retomados para efeitos de avaliação.
A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo Governo significa a aceitação tácita do ECD, que promove a divisão artificial da carreira em categorias e que a esmagadora maioria dos docentes contesta.
Tendo em consideração o que foi referido anteriormente, os professores da Escola Secundária com 3º ciclo do Entroncamento, coerentes com todas as tomadas de posição que têm assumido ao longo deste processo, nomeadamente a deliberação de 19 de Novembro de 2008, reafirmam a sua vontade em manter a suspensão do processo de avaliação do desempenho e de não assumir qualquer procedimento que a viabilize.
Apelam ainda a que se inicie, o mais rapidamente possível, um processo sério de revisão do ECD, eliminando a divisão da carreira em categorias, e que se substitua o actual Modelo de Avaliação por um Modelo consensual e pacífico, que se revele exequível, justo e transparente, visando a melhoria do serviço educativo público, a dignificação do trabalho docente, promovendo assim uma Escola Pública de qualidade.
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