Bom dia João Luís,
Agora calhou a rifa à tua Mãe, infelizmente. Há muito que somos confrontados com a sanha reformista (isto até parece conversa de radical de esquerda, que não me considero!) deste (des)governo. Foram os Professores, foram os médicos, os militares, os polícias, os juízes... agora os notários.
Falei há umas semanas com a tua Mãe e sei das suas legítimas e sinceras preocupações. Dizer-te da minha solidariedade é pouco. Se cada macaco, do seu galho, atirar uma banana ao governo, pode ser que este escorregue e caia. Mas se cada um continuar a puxar para o seu lado, nas próximas eleições vamos continuar a "chupar" com eles. Desculpa a crueza das minhas palavras, mas este governo não é só um problema dos notários (os malvados que cobram couro e cabelo pelos actos notariais...!!!). É de todos. E se alguém tem razões de queixa são os Professores (aqueles malandros que não querem ser avaliados...) e não sentimos apoio por parte da opinião pública. Portanto, é escusado andarem as classes a protestarem cada qual para o seu lado que não vão ganhar nada com isso. Neste momento é OU TODOS OU NADA.
Um abraço
ReinaldoO Opinião Pública/SIC-Notícias de hoje abordou a entrevista de ontem ao primeiro-ministro José Sócrates. Não foram muitas as pessoas que conseguiram entrar em directo porque algumas participações foram muito extensas.
Os que conseguiram, na sua maioria apoiaram o PM, a sua política, as suas decisões. Houve quem quisesse levar mais longe a sua intervenção, destilando o seu ódio aos professores (aqueles malandros que não querem ser avaliados...). Uma mulher, de exaltada, até bufava na sua cruzada anti-profs. Pelos vistos os tele-espectadores gostaram e foram sensíveis aos argumentos do Primeiro-Ministro.
... vem a discussão...
Quando Maria Elisa estreou Domingo passado o seu novo programa "E depois do adeus" na RTP, onde abordou o temas das cheias, estava longe de prever que nessa madrugada seria o caos, um pouco por todo o País, provocado pela forte e rápida precipitação.
Muito do que foi dito nesse programa foi, infelizmente, confirmado. Erros cometidos contra a Natureza, cedências a interesses, facilitismo, ignorância - tudo conjugado - fizeram de determinadas áreas verdadeiras bombas relógio prontas a serem accionadas à mais pequena chuvada mais forte.
Erros cometidos antes de 1967, data das maiores cheias do século XX em Portugal, não só não foram corrigidos, como foram agravados.
Neste País de brandos costumes as vozes de especialistas urbanistas na matéria, geógrafos, ambientalistas, paisagistas, são vozes a clamar no deserto batidas pelos ventos (entenda-se, pelas chuvas...).
Após as chuvadas, seria suposto que, no mínimo, os responsáveis mantivessem um pudico silêncio ou um mesmo um não convicto acto de contrição. Mas não. O que assistimos é um coro de acusações mútuas entre governo e autarquias.
Depois da “República das Bananas”, do “Faz de Conta”, do “Faz o que te Digo e Inveja o que Faço”, juntamos o “É de fartar Vilanagem!” ou seja, na sua versão actualizada, “É o que se queira” e melhor ainda “Do sacudir a água do capote”. E a lista ainda vai no adro...
É a desresponsabilização irresponsável completa.
Mais uma vez a presença do PM é secundada por manifestações de populares. Desta vez, foi a sua ida à sede do PS para uma reunião com professores do seu partido para discutir problemas da Educação. Já se torna normal. Só que, desta, a manifestação tinha sido convocada via sms, anónima... Não foram referenciados elementos conotados com partidos ou sindicatos.
Em declarações aos media, o PM diria "... É óbvio que são militantes...". Sem os especificar.
Não acredita o PM que a manifestação fosse espontânea, tinha de ser organizada por uma qualquer estrutura partidária.
Cada um acredita no que quer. Quem está no terreno e refiro-me aos professores que dão aulas, sabe que o descontentamento na classe já extravasou há muito o enquadramento sindical ou partidário. Aliás, os professores sindicalizados são cerca de 30% de um universo de 150 mil. Dos restantes 70%, a maioria nunca foi sequer sindicalizada.
É lamentável a leveza com que o PM diz que são militantes. Sou sindicalizado e aderente a um partido e nem um, nem outro me convocaram para a referida manifestação.
Antigamente, quem não era do Estado Novo era comunista. Hoje, é da oposição.
Os professores nunca primaram pela união, infelizmente para os próprios. Se assim não fosse, há muito que tinha havido uma vaga de fundo e não estariam agora a sofrer na pele o que lhes é imposto. É por isto e tudo o mais que o PM nos passou mais um atestado de incapacidade, o de se manifestar sem sermos manipulados por forças ou estruturas estranhas.
Post Scriptum: Para que conste, não concordo nem nunca participaria NESTA manifestação.
ACP propõe exames mais rigorosos
O Automóvel Club de Portugal vai propor em Março várias alterações nos conteúdos de ensino da condução. Para o presidente do ACP, Carlos Barbosa, os exames têm de ser muito mais rigorosos...
... a aposta deveria ser feita mais na «prevenção» do que na «repressão»...
... O ensino tem de ser extremamente rigoroso e os exames têm de ser rigorosíssimos de maneira que as pessoas depois de terem a carta de condução sejam verdadeiros condutores...
(in SIC Online, 08:16 / 06 de Fevereiro 08 )
Penso que esta questão ultrapassa em muito o ensino e o exame.
Mais de trinta anos de carta já me permite ter também uma opinião sobre o assunto.
Acredito que existem escolas de condução “manhosas” e que os exames nem sempre primam pelo rigor.
Mas quando tirei a carta, a Escola que frequentei, não tinha umas condições por aí além. Ensinou-me o básico. Fiz o exame logo à primeira.
Desde então, muito se alterou. Pelo meio veio o 25 de Abril de 74 e tudo o que veio ao de cima. O Bom e o Mau.
A sociedade e as relações que a regem alteraram-se. Muito do que era aceite foi posto em causa. Neste contexto, valores como a Educação e o Civismo sofreram um profundo revés.
Não há escola capaz de fazer cumprir o que quer que seja, se não houver vontade própria em fazê-lo.
As pessoas frequentam as aulas de condução, fazem o exame e logo que se apanham com a carta na mão esquecem tudo pura e simplesmente.
Estou plenamente convencido que o problema da sinistralidade rodoviária vai muito para além do aspecto técnico da condução.
É nas pequenas coisas como um pisca (já muito poucos se lembram que existe este procedimento...) feito a tempo e horas e nas grandes coisas como a diminuição do ego dos que se consideram os donos das estradas e que as regras só se cumprem quando são fiscalizados e que existem apenas para os servir, que fazem a diferença quando alguém se lança na grande aventura de conduzir um automóvel.
“Pagamentos começam um ano após fim do curso
Novo sistema de crédito aos alunos do superior tem "spread" máximo de 1,35 por cento
23.08.2007 - 15h52 Lusa
De acordo com o novo sistema de crédito para estudantes do ensino superior, aprovado hoje em Conselho de Ministros, os empréstimos devem começar a ser reembolsados um ano após a conclusão do curso, no prazo máximo de seis anos...”
Isto foi em 23 de Agosto do ano passado. A notícia dizia ainda que o processo se iniciava já no ano lectivo de 2007/2008.
Um coro de comentários surgiu. Vozes concordantes e discordantes secundaram a decisão do Conselho de Ministros.
Já vamos nos finais do 2º Período e a promessa/decisão/medida está por implementar.
Não está em causa a justeza ou não da medida. Ela, em si, é polémica. Não se trata só de um empréstimo e como tal, a aumentar o nível de endividamento dos Portugueses. É o como pagar, um ano depois de terminado o curso, com o desemprego (ou o não emprego...), a precariedade, os contratos manhosos, enfim, o futuro mais do que incerto dos jovens de hoje.
Mas promessa é promessa. Se há muitos que discordam, outros há que esperam que a mesma se concretize.
Este governo tem a obrigação de dizer o que se passa. Se o que aprovou é para cumprir ou não.
Ou será mais uma medida a adiar para a próxima campanha eleitoral?
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